Sina Nossa - a paixão pelo fado juntou estes sete músicos vindos da Renania-Vestfália - cinco portugueses, um brasileiro e um alemão - que em 2005 resolveram, finalmente, criar o grupo "Sina Nossa “. Embora o fado constitua a força impulsionadora do trabalho deste grupo, os Sina Nossa não são, de modo algum, aquilo a que se poderia chamar, um "grupo de fado" no sentido clássico. O facto de cada um dos seus elementos ter as suas raízes musicais em áreas tão diversas como a música clássica, o jazz, a música pop e o folclore português, contribuiu para que, com o tempo, a fusão progressiva de todas estas influências viesse a dar origem a este som muito próprio que caracteriza os Sina Nossa.
Depois de seis anos, os Sina Nossa já deixaram rastros por todo o território alemão. o Com o seu segundo disco titulado “Alforria ”, que foi lançado em Setembro de 2011, estão dispostos a ir mais longe. Não é por acaso que o novo álbum tem esse nome. Além de ser o título da música de abertura, Alforria refere-se também à liberdade artística com a qual os Sina Nossa tratam a tradição do fado. Enquanto começou tocando os clássicos bem conhecidos de Amália Rodrigues e Carlos do Carmo, o conjunto, actualmente, prefere concentrar-se nas suas próprias composições, com as quais a voz suave e sensual de Anabela Ribeiro leva os ouvintes até um mundo poético.
Além dos seus próprios textos, o grupo também musica letras de autores portugueses, incluindo o poema de Fernando Pessoa, “Cansa Sentir quando se pensa”. Para canções como “Há um sorriso na lua”, “Lições da vida” ou a declaração de amor ao mar de “Sagres”, as letras foram postas à disposição por Zabel Moita. A conhecida ceramista de Aljezur era amiga de Amália Rodrigues, tendo escrito vários poemas para a rainha do fado, entre eles “Amor sem ciúme” e “Ser fadista como eu”, os quais foram musicados e integrados neste album. O compositor, instrumentista e cantor brasileiro, Marcelo Penna, contribuiu com as letras de “Alforria” e “O Que Seria da canção”. A cantora Patricia Cruz, que nasceu no Rio de Janeiro e agora vive na Alemanha, escreveu o texto para „Entoada Vida“.
Alforria é uma homenagem multifacetada, com a alma a vibrar, a Portugal e à Lusofonia.